segunda-feira, 2 de janeiro de 2012


LIGADO
ANO 01 – Nº 297

Sempre que tenho um tempinho gosto de ‘fazer’ uma sesta. Ontem, depois do almoço, me recostei por algum tempo enquanto me preparava, psicologicamente, para lavar a louça. Terminadas as tarefas da conzinha percebi que o meu laptop estava ligado à rede de energia para que recarregasse a bateria. Como o LED azul estivesse aceso constatei que a bateria estava plenamente carregada. Desconectei-o da tomada e o levei novamente para o escritório onde o guardo costumeiramente.

Enquanto guardava o laptop fique pensando nessa ação de ligar na tomada, não como ligação para obter informações, mas como fonte de energia. No mundo contemporâneo estamos quase sempre conectados pelos laços virtuais. Desconectar-se dessas fontes digitais representa uma alienação considerável. Mas como se perfectibiliza a ligação de energia do nosso existir? De onde retiramos a ‘força’ para dar continuidade ao nosso cotidiano? O computador necessita de pelo menos duas conexões para funcionar perfeitamente: a internet e a energia elétrica. Com o nosso existir, as conexões são múltiplas e muito mais complexas.

Não basta estar conectado virtualmente com nossa comunidade social. Boa parte da energia do nosso existir advém das nossas conexões reais. Viver conectado, só virtualmente, significa apenas “meio existir”. Como seres humanos somos seres sociais, cujas relações não se esgotam na virtualidade: necessitamos enxergar os outros, tocar os outros, olhar no olhar dos outros. As distâncias são apenas amenizadas pela conexão virtual, mas nossa energia humana requer o contato físico. Se passarmos muito tempo apenas conectados virtualmente com nossas pessoas queridas sentiremos uma saudade imensa e a necessidade de abraçá-las pessoalmente. No relacionamento social, nada substitui o encontro presencial.

Pois esse contato físico, real, presencial constitui uma importante fonte de energia humana que ‘toca’ o nosso existir. Figurativamente, é como o laptop: há energia suficiente por um determinado período. Depois é fundamental a gente reencontrar as pessoas para se sentir vivo novamente!

Com os votos de uma segunda-feira repleta de acontecimentos humanos!


DESTAQUE DO DIA

Nascimento de Asimov (92 anos)

Isaac Asimov[1] nasceu em 2 de janeiro de 1920 e morreu em Nova Iorque a 6 de abril de 1992. Foi um escritor e bioquímico estadunidense, nascido na Rússia, autor de obras de ficção científica e divulgação científica. Sua obra mais famosa é a série da Fundação, também conhecida como Trilogia da Fundação, que faz parte da série do Império Galáctico e que logo combinou com sua outra grande série dos Robots. Também escreveu obras de mistério e fantasia, assim como uma grande quantidade de não-ficção. No total, escreveu ou editou mais de 500 volumes, aproximadamente 90 000 cartas ou postais, e tem obras em cada categoria importante do sistema de classificação bibliográfica de Dewey, exceto em filosofia. Foi reconhecido como mestre do gênero da ficção científica e, junto com Robert A. Heinlein e Arthur C. Clarke, foi considerado em vida como um dos "Três Grandes" escritores da ficção científica


[1] ISAAC ASIMOV. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Isaac_Asimov. Acesso em 1 jan 2012.

2 comentários:

  1. Muito estimado colega Garin,
    muito válido a reflexão da necessidade de ligação energética sem a qual não podemos nos ligar nas notícias, redes sociais etc. Uma das fontes de estresse hoje é ver a bateria sinalizar seu ocaso e não termos fonte para recarrega-la.
    Agora uma surpresa que me pareceu uma violação do ‘metódico Garin’: fazer sesta antes de lavar a louça!! ¿Como? Primeiro o dever e depois o lazer.
    Um bom primeiro dia útil de 2012,
    Attico chassot

    ResponderExcluir
  2. Caro Chassot,

    pois é, ando um tanto desleixado; a consciência tem me acusado diariamente; o rigor protestante com sua 'regula' implacável se posta sobre a minha cabaça; com a idade chegando, acho que estou mudando um pouco minhas prioridades.


    Um abraço,

    Garin

    ResponderExcluir