sábado, 20 de agosto de 2011



DESAFIVELADO
ANO 01 – Nº 162
Quinta-feira precisei tomar um taxi para não me atrasar em uma reunião importante no centro da cidade. Habitualmente, acomodo-me no banco traseiro por considerá-lo mais confortável e mais seguro. Sempre que entro em um veículo logo afivelo o cinto de segurança. Quando prestei a atenção ao motorista, percebi que ele havia passado o cinto sobre o abdômen, mas não o afivelara. Ficara totalmente solto com sua fivela balançando ao lado da palanca do freio de estacionamento.
Para a minha mente, acostumada a problematizar cada situação, foi um prato cheio para iniciar uma reflexão. Sabendo que o cinto de segurança é, comprovadamente, um dos mais eficientes equipamentos de segurança para as pessoas em deslocamento, me perguntei sobre o que o levaria a não afivelá-lo? Porque o teria colocado solto sobre o abdômen?
Daí, parti para a tentativa de algumas respostas. A colocação do cinto dessa forma poderia ter a intenção de enganar a fiscalização? Caso fosse flagrado receberia uma multa e cinco pontos na habilitação, considerada falta grafe por infração ao Art. 167 do Código Nacional de Trânsito. Caso se envolvesse num acidente poderia perder a vida ou ficar gravemente ferido, impossibilitando-lhe, quem sabe, sua autonomia. A utilização do cinto dessa forma possivelmente enganaria o agente de trânsito, mas se houvesse um acidente, estaria enganando às energias dinâmicas capazes de causar-lhe graves ferimentos. A quem estaria enganando? O que vale mais: cinco pontos? Uma multa de R$ 127,69? A própria autonomia? A vida?
Quando a Filosofia é negligenciada, corre-se o risco de perder o significado do valor maior. Não se tratava de enganar à fiscalização apenas. Com essa atitude negligente, colocava em risco sua vida, seu patrimônio e a vida do passageiro que conduzia. Atitudes que não são colocadas em causa, e analisadas criticamente, podem ter como consequência, enormes tragédias. Antes de mais nada, é necessário filosofar sobre o que se vai fazer, mesmo que seja uma coisa absolutamente banal.




DESTAQUES DO DIA
Morte de Schelling (157 anos)

Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling[1] nasceu Leonberg, Alemanha,  a 27 de Janeiro de 1775 e faleceu em Bad Ragaz a 20 de Agosto de 1854. Filósofo, um dos representantes do Idealismo alemão, assim como Fichte e Hegel. No desenvolvimento do Idealismo Alemão, os Historiadores da Filosofia normalmente situam Schelling entre Fichte, seu mentor antes de 1800, e Hegel, seu amigo e companheiro de quarto na Universidade de Tübingen.

Dia do Vizinho[2]

Vinte de agosto é o “Dia do Vizinho”[3], isto em homenagem a poetisa goiana Cora Coralina, face ter sido a autora da idéia. Ela a apresentou quando da comemoração de seu aniversário há anos. Informação transmitida pelo pesquisador Zigmundo Czajkowski. Tal celebração é das mais justas, levando-se em conta a importância do vizinho. Nos dias atuais não existe aquela ligação mais chegada entre moradores próximos, mas, antigamente, as amizades, os relacionamentos eram marcantes. Era normal vizinhos tornarem-se compadres, estarem seguidamente reunidos, especialmente nas conversas de final de tarde, começo de noite. Troca de visitas, passeios, almoços, jantares, eram seguidamente desfrutados.


[1] Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling. (texto e ilustração). Disponível em  http://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Wilhelm_Joseph_von_Schelling. acesso em 19 ago 2011.
[2] Dia do Vizinho. Disponível em http://www.josedomingos.com.br/2009/08/dia-do-vizinho/. Acesso em 19 ago 2011.
[3] Ilustração disponível em http://roseconte.blogspot.com/2009_11_13_archive.html acesso em 19 ago 2011.

2 comentários:

  1. Muito caro colega Garin,
    só agora, neste quase ocaso de sábado, com uma lareira crepitante, trago meu comentário. Estranhei que tu não fizeste teu habitual comentário no meu blogue. Não me dei conta que não fizera o mesmo no teu. Não quero que pareça represália. Como a primeira mensagem que respondi hoje foi uma resposta a teu convite para quarta-feira, no meu imaginário, era um comentário.
    Assim, está aqui meu comentário em cima de mais uma reflexão prenhe de cintos disciplinares.
    Já aguardo a postagem de amanhã,
    Com admiração

    attico chassot

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  2. Caro Chassot,

    pois é, sabes como são as coisas, mesmo num sábado, que deveria ser o santo do dia do descanso, é quando se acumulam todas as coisas que não são possíveis de ser encaminhadas durante a semana. O sábado é o dia de cumprir aquela agenda da esposa, consertos domésticos, companhia nas compras, passeios em débito etc. o dia passa à jato. Só consegui ler o teu blog passado das 19h. Aliás o meu blog apenhas conferi rapidamente se estava em dia, pela manhã.

    Obrigado pelo teu comentário e hoje trago uma reflexão de uma colega, também do vale do Jacuí.

    Um abraço,

    Garin

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