segunda-feira, 1 de agosto de 2011

REDESCOBRINDO
ANO 01 - Nº 143


Semana passada, recebi a visita dos meus filhos, que moram longe. Como se pode imaginar foram momentos de múltiplas emoções. Os dois são professores como eu e estão se realizando no que fazem. Seguidamente trocamos e-mail, falamos ao telefone, passamos SMS etc., mas o reencontro físico é totalmente diferente. Foram dias de intensa convivência e programação variada.Houve uma tarde muito particular. Descobrimos uma fita cassete[1] na qual continha falas deles quando crianças e algumas histórias que lhes contava. Enquanto meu filho digitalizava as informações íamos redescobrindo episódios importantes da minha convivência com eles. Descobri que tanto um quanto a outra haviam escutado esses dados diversas vezes, o que para mim foi uma surpresa. Naquela época, as filmadoras utilizavam fitas super oito e eram muito caras. A alternativa era gravar a voz durante alguns eventos.
Um momento de grande emoção foi quando eles pediam para repetir o canto que acompanhava a brincadeira infantil “Se eu fosse um peixinho...”[2]. Cantava com o nome deles uma vez. Depois eles pediam para repetir com o nome de toda a família, incluindo tios, primos, avós... Depois passavam para os objetos tais como mesa, cadeira, cama etc. Como se fosse uma oração, eles queriam que fossem incluídas todas as pessoas e coisas que lhes eram familiares. Havia uma intenção de contemplar cada particularidade no canto do ‘peixinho’. Acho que podem imaginar nossa emoção ao redescobrir essas particularidades!
Essa atitude infantil dos meus filhos lembrou-me da necessidade que temos de incluir todas as coisas que, de alguma forma estão longe do nosso alcance. Quando incluímos alguém ou alguma coisa, as trazemos para o nosso existir e lhes atribuímos a dimensão da convivência. De forma especial isso também acontece quando incluímos em nossa forma de existir aquelas pessoas que não dispõe das mesmas facilidades que temos. Nessas estão as pessoas com deficiências e aquelas que, por motivos de oportunidade, se acham excluídas, de forma geral.
Pois é, uma tarde de redescobertas me fez refletir sobre a inclusão enquanto postura de vida.
Uma boa segunda-feira! Bom reinício das atividades escolares/acadêmicas!




DESTAQUES DO DIA


Terra firme além Atlântico

 Em 31 de agosto de 1498,  Cristóvão Colombo[3] avista a primeira terra firme do continente americano, que em seguida se chamará Venezuela[4].




Evolução dos seres vivos
Em 31 de agosto de 1744 nasceu Jean-Baptiste Lamarck[5]. A teoria lamarquista foi uma das primeiras a tentar explicar o mecanismo de evolução dos seres vivos, afirmando que os fatores ambientais poderiam modificar os indivíduos.

Dia mundial da amamentação
No dia primeiro de agosto comemora-se o dia mundial da amamentação[6].
A data foi criada a fim de promover o exercício da amamentação natural, com o objetivo de combater a desnutrição infantil, além de possibilitar a criação de bancos de leite para crianças que não têm condições de serem amamentadas por suas mães.






[1] A fita cassete ou compact cassete é um padrão de fita para gravação de áudio lançado oficialmente em 1963, invenção da empresa holandesa Philips.[Fita cassete. (ilustração e texto) disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Fita_cassete;  http://www.obuscar.com/images/peixinho-4042.htm acesso em 31 jul 2011].
[2] Se eu fosse um peixinho / E soubesse nadar / Tirava a Maria / Lá do fundo do mar. [Se eu fosse um peixinho. Disponível em http://www.letras.com.br/musicas-infantis/se-eu-fosse-um-peixinho. acesso em 31 jul 2011.
[4] Fatos históricos do dia 1º de agosto. Disponível em http://noticias.terra.com.br/interna/0,,OI111494-EI1411,00.html. acesso em 31 jul 2011.
[6] Dia munidal da amamentação (texto e ilustração). Disponível em http://www.brasilescola.com/datacomemorativas/dia-mundial-amamentacao.htm acesso em 31 jul 2011.

6 comentários:

  1. Meu caro Garin,
    como membro da tribo de teus leitores, ratifico minha pertença em momentos que sou um alienígena em terra onde não falo e nem sei ler a língua. Tenho dificuldades para tomar um metrô ou perguntar onde posso encontrar água. Sentir-se ‘o outro’ também não é trivial.
    Fujo dos caracteres cirílicos e venho ao teu blogue para aprender e sentir-me menos estrangeiro.
    Um abraço prenhe de admiração e agradecimentos desde a linda Saint Petersburgo,
    attico chassot

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  2. Caro Chassot,

    mais uma vez o meu agradecimento por encontrares um momento (muito precioso em meio a viagem internacional) para visitares o meu blog.

    Um forte abraço,

    Garin

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  3. É, são ótimas recordações que não lembro ter vivido, mas que estão registradas. Muito obrigado, pai!
    Enviei, hoje, a digitalização das gravações restauradas.
    Abraços.

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  4. Oi filho,

    recebi o e-mail. Já fiz download. Um dia desses quero escutar novamente com calma.

    Um beijo, pai

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  5. Oi, pai:
    também foi uma tarde muito importante pra mim. Reencontrar aquelas vozes, que da mesma forma que o Iguá, são recordações do que não lembro ter vivido.
    Beijos.

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  6. E aí filha,

    fico feliz que o Iguatemi tenha conseguido 'limpar' a gravação: ficou muito melhor de ouvir agora.

    Um beijão.

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