Acertar no que fazer - ANO 02 – Nº 452

ACERTAR NO QUE FAZER

O seminário sobre ética, de ontem à noite foi sobre o tema da educação. Claro que para examinar essa questão não poderiam faltar ingredientes essenciais para uma boa reflexão, por isso compareceram à aula, os pais, o professor, o aluno, a violência, o constrangimento, o bullying, a compreensão, o cuidado, o respeito entre outros personagens.

Um dos grupos iniciou seu seminário mostrando um vídeo no qual apareciam diversas situações de constrangimento provocado por alunos de uma escola pública para com sua professora. A situação ocorria numa escola de outro estado da federação, mas poderia ter sido aqui, bem pertinho de nossa realidade. Indignados com a falta de aula e de água, os alunos agrediam verbalmente os professores e a direção. A certa altura, a diretora falou ao repórter uma frase que chamou a atenção dos acadêmicos de várias licenciaturas que estavam em aula: “quem merece ouvir isso?”.

Essa expressão da diretora provocou um interessante debate entre os participantes do seminário. Uma acadêmica se reportou às condições indignas que a escola oferecia às crianças que estudavam ali. Outra mencionou o nível de degradação das relações entre professores e alunos demonstrando que os atores que deveriam proporcionar educação já haviam perdido a autoridade e controle sobre a situação. Um acadêmico mencionou o desrespeito dos alunos para com as autoridades educacionais daquela unidade escolar. Outro se reportou às condições familiares de origem daquelas crianças, manifestas na maneira como os educandos se dirigiam aos seus mestres.

A partir daquele vídeo e visitando os teóricos da ética e da educação, construímos em aula, uma reflexão sobre como os ‘futuros mestres’, em processo de formação naquele seminário, deveriam se posicionar diante de situações complexas do cotidiano escolar. No contexto do debate uma das acadêmicas falou uma expressão que havia escutado dias atrás: “nem sempre é possível fazer o certo, mas devemos acertar no que fazer!”. Há situações que se nos oferece de repente em sala da aula, que não permitem o tempo adequado para se consultar os teóricos, ou conversar com um colega ou alguma autoridade escolar. Simplesmente estamos diante de uma situação com a qual precisamos lidar de imediato. Nessas circunstâncias, as decisões precisam ser rápidas e eficazes. Quando isso acontece, fala mais alto de cada um, o bom senso e o caráter do professor(a).

O contexto social, as condições escolares, a motivação da comunidade, o sistema de ensino, a educação trazida de casa entre outros, são fatores fundamentais para que uma educação ética e de qualidade. Porém, a formação dos professores para lidar com situações adversas é determinante. Essa formação pode ser o diferencial entre perder o controle sobre a turma ou motivar os alunos para uma atitude de aprendizagem humana e respeitosa. Essa conclusão animou os acadêmicos, que vislumbram no horizonte de suas vidas profissionais, o enfrentamento de diferentes circunstâncias delicadas no fazer educação.

Votos de uma quinta-feira de humanas realizações educacionais!

DESTAQUE DO DIA

Dia de Corpus Cristi

Corpus Christi (expressão latina que significa Corpo de Cristo) é uma festa da Igreja Católica Apostólica Romana. É realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes. É uma festa de 'preceito', isto é, para os católicos é de comparecimento obrigatório participar da Missa neste dia, na forma estabelecida pela Conferência Episcopal. A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Igreja Católica sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado. Foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264.[1]

Os evangélicos não celebram essa festa. A distinção pertence ao nível dogmático. Enquanto que para os Católicos a Eucaristia é a presença do Corpo de Cristo, para os evangélicos a Eucaristia representa o Corpo de Cristo. Para os Católicos a presença de Cristo é real enquanto que para os evangélicos a presença é simbólica.

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[1] CORPUS CRISTI. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Corpus_Christi. Acesso em 7 jun 2012.rr