JUSTIÇA/FLEXIBILIDADE
Quando construo os planos de ensino busco
ser o mais claro possível, especialmente no quesito avaliação dos alunos. Entendo
que não há novidade nenhuma nisso, imagino que todo o mestre percorre essa
mesma trajetória. É necessário que o aluno, que será avaliado pelo professor,
saiba de antemão, qual o caminho que deverá percorrer para conquistar a
aprovação. Além disso, no início do semestre, procuro debater com a classe
esses critérios oferecendo a oportunidade de contestação e, em caso de
necessidade, reformulo os critérios. Dessa forma, considero que percorro o
caminho da justiça e da ética. Avaliar pessoas é a tarefa mais árdua e cruel
que existe. Via de regra, o professor sofre mais que o aluno. O pior drama de consciência
é ficar em dúvida se foi ou não justo nessa hora.
Nesse semestre aconteceu um incidente, que
para mim foi a primeira vez. Percorrendo os caminhos estabelecidos no plano de
ensino, no que se refere à avaliação, um aluno não conseguiu a nota suficiente
para aprovação. Em uma atividade grupal, a produção ficou bem abaixo da média
e, com isso, faltaram-lhe os pontos necessários. Os demais integrantes do
grupo, por outras razões, foram todos aprovados. Quando parei para pensar na
situação lembrei que, justamente esse aluno foi um dos que mais participou dos
debates trazendo contribuições enriquecedoras para as aulas. Considero a turma,
parceira no processo de construção do conhecimento e aprendizagem. Entretanto,
pelo critério da justiça e da letra fria do mesmo, justamente aquele, um dos
que mais contribuíram com as aulas, tinha sido prejudicado.
Minha reflexão conduziu ao que os gregos
chamavam de χάρη, aquilo que vai além da justiça. É a parte que não é coberta
pela justiça, mas que o outro se faz merecedor por aquilo que é. Difícil de
mensurar, mas plenamente possível de compreender com o coração. É a hora da
flexibilidade porque aprender sempre é possível.
Votos de ótima uma quinta-feira!
DESTAQUE DO DIA
Nascimento
de Rousseau
Jean-Jacques Rousseau nasceu em Genebra a 28
de Junho de 1712 e morreu em Ermenonville a 2 de Julho de 1778. Foi um
importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço.
É considerado um dos principais filósofos do iluminismo e um precursor do romantismo.
Não há dúvida de que Rousseau fez soprar um
vento revolucionário sobre as ideias de amor e ódio: ele debate a sexualidade
como uma experiência fundamental na vida do ser humano, a tomada de consciência
da importância dos sentimentos de amor e ódio na construção da sociedade humana
e no seu desenvolvimento pessoal, e enfim, essa abertura para o debate moderno
sobre a divisão do amor entre amor conjugal e amor passional. Pode-se atribuir
a Rousseau a tentativa de estabelecer, na sociedade do século XVIII, uma nova
noção: a de que a personalidade do indivíduo, que concerne o tratamento que ele
dá aos outros e a sua própria sexualidade, é formada na infância.[1]
[1]
JEAN-JACQUES ROUSSEAU. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Jacques_Rousseau.
Acesso em 28 jun 2012.
Meu caro Garin, desde Santo Ângelo — Capital missioneira dos Sete Povos~ me congratulo com o estabelecimento de justiça na avaliação violando a norma. Bravo!
ResponderExcluirFestejo também JJ Rousseau.
Permito recomendar aos teus leitores no meu blogue desta quinta-feira o MANIFESTO DA Sociedade Brasileira de Genética SOBRE CIÊNCIA E CRIACIONISMO. Trata-se de uma peça de relevante valor e ouso afirmar que mereceria ser estudada na abertura de qualquer curso de História e Filosofia da Ciência.
Em mestrechassot.blogspot.com
Com estima saludos missioneiros.
attico chassot
Amigo Chassot,
Excluircom certeza vou ler agora e de antemão, conhecendo o autor da postagem, recomendo aos meus leitores a tua blogada de hoje.
Um abraço,
Garin