A TEMPESTADE
As manifestações
climáticas da natureza sempre impuseram pavor ao ser humano. Pelo menos essa a
percepção que se tem a partir dos estudos realizados sobre restos
arqueológicos. Entre os muitos inimigos enfrentados, aqueles que são indomáveis
referem-se a tempestades, enchentes, nevascas etc. Os outros inimigos, como
animais ferozes, escassez de alimentos, secas, o ser humano sempre buscou
formas de superar e conseguiu soluções proveitosas.
Entretanto, as manifestações
climáticas se conservaram num patamar fora do controle humano. A alternativa
foi buscar explicação e ajuda em forças extraordinárias que pudessem alimentar
a coragem e aumentar as suas energias. Nesse sentido, a construção de religiões
se tornou a possibilidade mais frequente e com resultados importantes. Se não
era possível domar as manifestações do clima, seria possível acalmar o medo que solapa as
energias vitais através da fé.
Embora minha mãe sempre
tenha sido metodista e, portanto, do ramo evangélico, a ouvi muitas vezes,
diante de trovões e tempestades fortes, repetir uma oração, que não pertencia
ao ritual e à doutrina protestante. Como se fosse um mantra, dizia ela, repetidas
vezes: “Santa Bárbara e São Jerônimo!”.
Se as tempestades e
outras forças da natureza não se acalmavam diante das manifestações religiosas,
pelo menos a inquietação do coração humano se apaziguava ao ponto de encontrar um
caminho que o levasse à proteção ou à fuga.
No Evangelho
encontramos uma narrativa na qual os discípulos se encontravam no meio do mar
enfrentando uma tempestade. Como é comum, o medo tomou conta deles e a sua fé
balançou perigosamente. Desesperados, acordaram o Mestre que acalmou a tempestade.
Impactados pelo acontecido, ouviram de Jesus a repreensão que mereciam por não
terem encontrado o caminho por eles mesmos:
Porque sois
assim tímidos? Como é que não tendes fé? (Mc 4.40)
Votos de um domingo
cheio de fé, inclusive para acalmar as tempestades!
eu caro Garin,
ResponderExcluir~~ um homem de muita fé ~~
agradeço e retribuo votos para o ultimo domingo de junho 2012 que se faz frio mas ensolarado,
attico chassot
Amigo Chassot,
Excluirespero que minha fé nunca seja "demais"; tenho aprendido, com meus colegas, que a fé é necessária à compreensão da ciências, inclusive as da natureza.
Um abraço,
Garin