domingo, 28 de agosto de 2011


ANTECEDER
ANO 01 Nº 170
Certa vez li um pensamento, que me chamou a atenção: “somos como anões postados sobre os ombros de gigantes; graças a eles, enxergamos mais longe do que eles próprios.”[1], o que nos permite olhar mais longe e enxergar horizontes mais largos. Esse gigante é a história.
O ser humano pode ter diferentes reações diante do passado: pode fechar os olhos para ele e então repetir tudo o que as gerações anteriores fizeram ou pode acrescentar sobre ele, com o seu olhar mais longe, aproveitando as coisas boas e rejeitando os erros dos antepassados. Entretanto, é importante preparar o futuro.
Jesus preparava suas missões com antecedência e riqueza de detalhes. Sempre preocupado com os resultados da missão do Pai, meditava com critérios, o como realizar a obra de Deus. Antes de avançar por uma cidade ou outra, enviava seus discípulos para lhe anteceder. A partir da avaliação que fazia dos resultados trazidos por eles, preparava sua viagem missionária.
Olhar para o passado é avaliar nossa atuação. Precisamos ‘subir nos ombros do gigante: o passado’, verificar os resultados dos nossos esforços, corrigir nossos erros e ‘olhar para o horizonte: planejar o futuro’. Precisamos planejar com competência a missão que Deus nos oferecer.
Depois disto, o Senhor designou outros setenta; e os enviou de dois em dois,  para que o precedessem em cada cidade e lugar aonde ele estava para ir.  (Lc 10.1)


DESTAQUES DO DIA
Morte de Agostinho de Hipona (1581 anos)
Aurélio Agostinho[2], conhecido como Santo Agostinho pela Igreja Católica Apostólica Romana nasceu em Tagaste, Argélia, a 13 de novembro de 354 e faleceu em Hipona, Espanha, a 28 de agosto de 430. Foi bispo, escritor, teólogo. Agostinho é uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do cristianismo no Ocidente. Em seus primeiros anos, Agostinho foi fortemente influenciado pelo maniqueísmo e pelo neoplatonismo de Plotino, mas depois de tornar-se cristão em 387, desenvolveu a sua própria abordagem sobre filosofia e teologia e uma variedade de métodos e perspectivas diferentes. Aprofundou o conceito de pecado original dos padres anteriores e, quando o Império Romano do Ocidente começou a se desintegrar, desenvolveu o conceito de Igreja como a cidade espiritual de Deus, distinta da cidade material do homem. Seu pensamento influenciou profundamente a visão do homem medieval. A Igreja se identificou com o conceito de "Cidade de Deus" de Agostinho.
Nascimento de Goethe (262 anos)
Johann Wolfgang von Goethe[3] nasceu em Frankfurt, a 28 de agosto de 1749 e faleceu em Weimar, Alemanha, a 22 de março de 1832. Escritor alemão e pensador que também fez incursões pelo campo da ciência. Como escritor, Goethe foi uma das mais importantes figuras da literatura alemã e do Romantismo europeu, nos finais do século XVIII e inícios do século XIX. Juntamente com Friedrich Schiller foi um dos líderes do movimento literário romântico alemão Sturm und Drang[4]. De sua vasta produção fazem parte: romances, peças de teatro, poemas, escritos autobiográficos, reflexões teóricas nas áreas de arte, literatura e ciências naturais. Além disso, sua correspondência epistolar com pensadores e personalidades da época é grande fonte de pesquisa e análise de seu pensamento.



[1] LINDBERG, Carter. As reformas na Europa. São Leopoldo: Sinodal; IEPG, 2001 (citando o pensamento de Pedro de Blois, poeta e diplomata latino da Idade Média,  [ó1135  1203])
[2] AGOSTINHO DE HIPONA (ilustração e texto). Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona. acesso em 27 ago 2011.
[3] JOHANN WOLFGANG VON GOETHE (ilustração e texto). Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Johann_Wolfgang_von_Goethe. Acesso em 27 ago 2011.
[4] Tempestade e ímpeto.

2 comentários:

  1. Meu caro Garin,
    a frase “Se vi tão longe é porque me apoiei nos ombros de outros gigantes!” é atribuída a Issac Newton (ela está no portal do Google Acadêmico sintetizada como: Sobre os ombros de gigantes!). Newton estaria reconhecendo que para sua imensa contribuição ao conhecimento do mundo natural (talvez nisto o nome mais significativo), ele teria partido das contribuições de Copérnico, Galileu, Bruno, Kepler, Brahe, Descarte, Bacon e muitos outros.
    Não deixa ser significativo que os dois nomes rememorados Agostinho (religião) e Goethe(literatura) sejam presentes, um e outro na História e Filosofia da Ciência.
    Um bom domingo, que esta chuva por aqui será indoor

    attico chassot

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  2. Caro Chassot,
    também percebi a frase de Newton. Será que ele teria lido Pedro de Blois? A fonte que cito é confiável, a tradução é do original "The European Refomations" de Carter Lindberg, Blachwell, Oxford.

    Obrigado pela ilustração.

    Bom domingo!

    Garin

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