sexta-feira, 12 de agosto de 2011



GERAÇÕES
ANO 01 – Nº 154
Durante a aula de Ética e Cidadania, para os cursos de Jornalismo e PP do IPA nessa última quarta-feira, debatemos a maneira como as lutas são determinantes para as conquistas sociais. Entre elas, o direito voto para as mulheres, as leis trabalhistas, a democracia, o uso de anticoncepcionais etc. No debate, surgiu a preocupação com os ciclos de gerações. As conquistas éticas e políticas do passado custaram o preço de lutas ferrenhas, mas as novas gerações[1], que se distanciam historicamente dessas lutas, não conseguem avaliar a dimensão desse custo. Para as gerações mais antigas isso é muito claro, mas os mais jovens não têm essa história em mente.
Uma justificativa para esse fato é que nem sempre os mais velhos conseguem passar para seus filhos o quanto cada luta foi importante para a sua geração. Entre essas, estão conquistas que custaram a vida de pessoas, outras foram presas e torturadas em nome de seus ideais.
Cada geração tem as suas bandeiras, mas considerar os avanços conquistados pelas gerações anteriores pode representar uma economia de esforços e o aperfeiçoamento de estratégias. Além de transmitir nossas lutas às gerações mais jovens, uma boa conversa, narrando os sacrifícios, as frustrações, as vitórias e as bandeiras se constitui também, numa ótima oportunidade para a gente costurar nossas experiências às vivências das novas gerações.
Se eu tivesse uma dica para essa sexta-feira, seria: converse mais, conte mais, fale mais, ouça mais, especialmente com os jovens!


DESTAQUE DO DIA

Dia Nacional da Juventude

O Dia Nacional da Juventude[2] foi criado pela Lei nº 10.515, de 11 de Julho de 2002. Juventude e sonhos são duas palavras inseparáveis. Quando as diversas juventudes, nas suas realidades específicas, unirem os gritos pela concretização dos seus sonhos, o mundo pode ter novas esperanças. Não há como não acreditar na vitalidade e no entusiasmo dos jovens. A história do Dia Nacional da Juventude[3] (DNJ) surgiu em 1985, durante o Ano Internacional da Juventude, promovido pela Organização das Nações Unidas. Estava evidente que a juventude precisava mobilizar-se e construir espaços de participação, para pensar e repensar uma nova sociedade.

4 comentários:

  1. Muito prezado colega Garin,
    permito-me aditar a tua bem posta dica para fim de semana: que os jovens conversem com os mais anosos e descubram que, mesmo estes não tenham títulos universitários, eles têm muita sabedoria.
    Uma boa sexta-feira para ti e para cada uma e cada um de teus leitores
    attico chassot

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  2. Caro Chassot,

    tua dica é oportuna: a contemporaneidade, eivada de relações líquidas e prenhe de competições tem provocado uma anomalia - a supervalorização do jovem em detrimento do velho. Esquece a sociedade, que é o velho que tem condições de conter a sabedoria da experiência.

    Boa sexta-feira!

    Garin

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  3. Carissimo Professor Garin

    Fim de semana é momento dos familiares se reencontrarem sem os compromissos rotineiros, oportunidade para a troca de idéias e o contar das novidades, é o voltar-se para dentro. As gerações aprendem pela convivência que a moda de Aristóteles, a mudança que vai do não-ser ao ser do sujeito, o jovem na visão grega ele é neutro, pois ainda não é, e ao amadurecer passa a ser, o sentido de ser vai sendo registrado ao longo de nossas vidas, para compreenderem-se é necessário respeito, o maduro que já é e o jovem que será. E a moda de Agostinho, causa Finita est. Forte abraço gostei bastante de seu comentário, muito oportuno.

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  4. Caro Adão,

    tuas considerações, resgatando conteúdos e reflexões filosóficas demonstra a importância e a necessidade que todos temos do colocar em causa a realidade, de filosofar sobre o ethos.

    Obrigado pelo teu comentário,

    Um abraço,

    Garin

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