quarta-feira, 10 de agosto de 2011



MAL EDUCADA!
ANO 01 – Nº 152
Ao sairmos do edifício, percebemos que uma vizinha descia as escadas com seus filhos. Gentilmente, deixamos a porta aberta[1] para poupar-lhe o trabalho de abrí-la. Quando saímos de carro, percebemos que ela não havia fechado a porta. Minha esposa observou que isto já havia acontecido outras vezes, com a mesma pessoa.
Mergulhados na complexidade dos grandes centros, aos poucos vamos nos distraindo. Perdemos, pouco a pouco, a nossa sensibilidade[2]. Nossa ‘sintonia fina’ com a realidade acaba ficando empanada pelo acúmulo de  problemas. Cada dia mais, os estímulos da comunicação nos distraem. Ao contrário do que se podia esperar, nos embrutecemos mais e mais. As gentilezas vão sendo esquecidas por conta de nosso acúmulo de tarefas e pela preocupação com as ‘demandas’ do futuro: estudos, contas a pagar, compromissos sociais, situações de família etc. Certa ‘casca grossa’ vai envolvendo nossa personalidade. Já não temos mais ‘cuidado’ uns pelos outros. Outras vezes, nossa atenção e carinho são mal interpretados. De outra sorte, quando manifestamos interesse pelas pessoas somos olhados com desconfiança. Em termos ‘antigos’, vamos nos tornando ‘mal educados’.
Precisamos retomar o cuidado pelos outros, a começar por aquelas pessoas mais próximas: familiares, amigos, vizinho etc. Será que temos sido cuidadosos e sensíveis o suficiente com as pessoas que nos rodeiam?

  
DESTAQUE DO DIA

Nascimento de Gonçalves Dias (188 anos)

Antônio Gonçalves Dias[3], nascido em Caxias, MA, a 10 de agosto de 1823 e morto em naufrágio próximo à vila de Guimarães, MA, a 3 de novembro de 1864. Poeta e teatrólogo brasileiro era filho de uma união não oficializada entre um comerciante português com uma mestiça cafuza brasileira (o que muito o orgulhava de ter o sangue das três raças formadoras do povo brasileiro: branca, indígena e negra). Estudou inicialmente por um ano com o professor José Joaquim de Abreu, quando começou a trabalhar como caixeiro e a tratar da escrituração da loja de seu pai, que veio a falecer em 1837. Entre as suas obras conhecidas, Canção do Exílio, Seus Olhos, I-Juca-Pirama, Dicionário da Língua Tupi.


[1] Ilustração disponível em http://cellofarias.tumblr.com/page/2. acesso em 9 ago 2011.
[2] Ilustração disponível em http://mestredaspalavras.zip.net/ acesso em 9 ago 2011.
[3] Gonçalves Dias (texto e ilustração). Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Gon%C3%A7alves_Dias. Acesso em 8 ago 2011.

4 comentários:

  1. Meu caro Garin,
    hoje nem precisava prepostar a edição. Já passava das 23 h quando cheguei do Centro Universitário Metodista do IPA. Já vivo a excitação da próxima aula.~
    Obrigado por compartires teu cotidiano.
    Valeut
    attico chasso

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  2. Caro Chassot,

    obrigado pela tua visita madrugadora ao meu blog. Desse jeito, vou agendá-lo para mais cedo ainda.

    Um abraço e boa quarta-feira!

    Garin

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  3. Infelizmente as pessoas hoje se preocupam em ser mais gentil pelo twitter e facebook, do que cara a cara com seu colega de trabalho, vizinho... :(

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  4. Cara Janice,

    tens razão: pelas redes sociais, uma grosseria pode se transformar em processo por danos morais. Física e presentemente, uma grosseria é mais difícil de comprovar na justiça: por isso agem, muitas vezes como monstros.

    Um abraço,

    Garin

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