terça-feira, 22 de novembro de 2011

AVALIANDO-ME ANTES DE AVALIAR

ANO 01 – Nº 256

É chegado o período de avaliação final. Optei por iniciar essa etapa pedindo aos acadêmicos para que eles avaliassem a minha atuação na disciplina. A forma mais isenta que entendi ser plausível do ponto de vista ético (minha disciplina) foi propor às turmas uma avaliação individual, escrita e sem qualquer identificação. Como professor, tenho uma ascendência de poder sobre eles. Identificar pode constranger o resultado que ele irá grafar sobre o instrumento de avaliação. Somando-se a isso, identificar a avaliação pode resultar numa coleta de dados distorcidos pela necessidade que o estudante tem da aprovação no final do semestre.

Outra questão a considerar é que um tipo de avaliação assim reflete o momento do aluno. Nisso pode influir tanto a sua euforia com os conteúdos da disciplina quanto as suas decepções em relação às expectativas do início do semestre. Uma nota ruim também pode ser um fator de possível distorção. Entretanto, considerando as diversas teorias sobre avaliações, ainda assim entendo que é melhor avaliar do que prosseguir sem qualquer luz a respeito de como estou avançando (ou retrocedendo) na trajetória da educação.

Não tenho ideia dos resultados dessa primeira turma. Há um número razoável de alunos e preciso me concentrar na catalogação desses dados. Além disso, é importante estabelecer alguns critérios de leituras sobre eles. A comparação de respostas sobre quesitos convergentes ajuda a identificar distorções. Também nisso é importante ter cuidado para que a minha vontade não estabeleça distorções na interpretação dos mesmos.

Confesso que estou curioso em relação aos resultados. Como pano de fundo há um semestre inteiro de trabalhos, nos quais o empenho, a dedicação, o esforço foi empreendido considerando a realidade dos estudantes que vêm para a aula depois de uma jornada inteira de trabalhos, estudos e estágios.

Nada me gratifica mais do que perceber o envolvimento deles no debate, no contraditório, na defesa apaixonada de suas posições. É claro que nem tudo é assim, mas prefiro fixar o melhor olhar sobre esses momentos, afinal de contas, todos nós precisamos desse alimento espiritual que resulta dos bons momentos do trabalho.


DESTAQUE DO DIA

Dia do Músico

Adota-se o termo músico[1] quando nos referimos a qualquer pessoa ligada diretamente à música, em caráter profissional ou amador, exercendo alguma função no campo de música, como a de tocar um instrumento musical, cantando, escrevendo arranjos, compondo, regendo, ou dirigindo um grupo coral ou algum grupo de músicos, como orquestras, bandas, big band de Jazz, ou ainda lecionando, trabalhando no campo de educação, em terapia musical. Um músico brasileiro pode ter ou não, uma carteira de alguma instituição que o reconheça, como a Ordem dos Músicos do Brasil. Um músico também pode ou não ter a formação acadêmico-técnica (através de escolas de música, conservatórios, faculdades ou universidades). Quando ele não tem formação alguma, costuma-se dizer que é um músico popular, ou ainda que aquele músico produz música de ouvido.


[1] MÚSICO. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsico. Acesso em 21 nov 2011. Ilustração disponível em http://valadares-porto.olx.pt/musico-procura-musicos-iid-10959590.

2 comentários:

  1. Muito estimado Garin,
    excelente e muito significativa – e corajosa – esta proposta de avaliação prévia que descreves.
    Como esta quadra do semestre letivo seria mais frutuosa para nós e para os alunos se pudéssemos atribuir uma avaliação acerca dos alunos como esta que ensaiaste acerca do professor.
    Com admiração

    attico chassot
    http://mestrechassot.blogspot.com

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  2. Caro Chassot,

    como sabes melhor que eu, o ato de avaliar é uma tortura: muitas vezes pensamos em fazer justiça e acobertamos um vagabundo; outras horas somos duros com alguém e cometemos injustiças. É um tempo que necessito pedir que Deus me perdoe por injustiças que possa cometer.

    Um abraço,

    Garin

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