terça-feira, 19 de abril de 2011

DESCONFIANÇA QUE DÓI

Ontem foi a minha estréia nas redes sociais. Posso dizer que não foi uma estréia tranqüila. Como havia me inscrito através do e-mail que recebi pelo correio eletrônico institucional, fiz o caminho para trocar o meu endereço do facebook. A partir desse ponto teve início uma epopéia desagradável.
Já havia convidado algumas pessoas para integrarem a minha comunidade e alguns amigos(as) já estavam respondendo. De repente, apareceu uma mensagem, na página do facebook, informando que havia suspeita de manipulação do meu perfil. Logo atribui o episódio à mudança do endereço eletrônico e da senha.
A página me solicitava que inserisse um número de telefone celular. Tentei cerca de doze vezes fazer isso. Coloquei o número sozinho: houve recusa alegando que se tratava de número inválido. Depois tentei colocar junto com o código do DDD (fiz isso em diversos formatos: separado, com travessão, sem travessão, etc.), nada funcionou. Acabei optando por inserir um novo perfil.
Essa epopéia me conduziu a uma reflexão que compartilho contigo. As mídias digitais são muito úteis e muito importantes no mundo contemporâneo. Facilitam nossa vida em diversos aspectos, mas quando a “coisa” não funciona, a gente fica “desamparado”. Nessas circunstâncias faz uma falta o contato humano. Confesso que me senti irritado diante de uma quantidade de tentativas para as quais recebia uma resposta de desconfiança. Pior, tratava-se de uma máquina desconfiando da minha honestidade.
Nada dói mais do que a injustiça quando se tem razão sobre a verdade das suas atitudes. Nada é mais cruel do que a gente se sentir sozinho diante de um “gigante” (a internet), que sobretudo, julga os nossos atos e as nossas atitudes pelo crivo de combinações algorítimas.
Finalmente fique me questionando: será que a gente, no tratamento social, não age um pouco assim, algumas vezes?

10 comentários:

  1. ah, meu amigo, podes ter certeza de que agimos assim mesmo. Isso me faz lembrar do discruso de Sócrates no Tribunal dos juízes facínoras que o condenaram à morte por cicuta. Ele chegou a duvidar de que estava certo em face do discurso manipulador dos mentirosos e opressores. É assim mesmo que a gente se sente, meu irmão. Abraços, Orvandil

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  2. Caro Orvandil,

    pois é, sempre há alguém que tenta nos confundir: dessa vez foi mesmo a máquina, ou até a minha falta de habilidade - o sentimento é o mesmo.

    Um abraço. Garin

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  3. Meu caro Garin,
    pior que uma máquina desconfiar de nossa honestidade e nós termos que suspeitar de muitas das mensagens que nos chegam, não abrindo muitas delas, pois realmente abundam as perniciosas.
    Um muito bom dia do índio,
    achassot

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  4. Caro Chassot,

    há sempre mais interesses desleais por traz das aparências (em tudo que recebemos) do que pessoas bem intencionadas.

    Mas pessoas bem intencionadas são muito maiores do que as desleais (acho que acordei filosofando, hoje)

    Porém, tenho uma fé: as bem intencionadas provocam bem mais mudanças em nós e no mundo! Se não for por isso não vale a pena nada. Mas como confio nisso, como tu, acredito que as mudanças necessárias acontecem. Um caminho, certamente é a educação.

    A propósito, hoje pretendo trabalhar em nossa blogada conjunta: vou ver se consigo produzir alguma coisa.

    Bom dia para ti também!

    Garin

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  5. São tantas as redes, que tenho me distanciado da maioria delas.
    Mas há um episódio do Greys Anatomy muito bom sobre as facilidades do virtual: um médico narra uma cirurgia via twitter, e posta que estão precisando de um aparelho tal, e uma estudante que estava acompanhando, contata um hospital e encaminha o aparelho. Quer dizer, fazer uso desta ferramenta em favor da vida, em todas as ocasiões.Seja em pesquisa ou até mesmo em uma "teclada" com aqueles que estão longe e que amamos.

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  6. Oi Marília! Também concordo contigo, se a gente não toma cuidado logo passa dos limites. Como dizes, por outro lado é uma ferramento disponível que pode ser útil em qualquer momento para uma boa causa.

    Um abraço,

    Garin

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  7. É interessante ler outras msgs, outro teor rsrsrsrs
    Há mt tempo n lia esse tipo d textos, d reflexões.
    Minhas incursões pedagógicas têm consumido meus dias rsrsrs
    A possibilidade d enxergar por detrás das coisas corriqueiras da vida um outro sentido, mais intimista talvez, mais existencial...
    "Tá valendo"! rsrsrs Gracias!

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  8. Me solidarizo com o Prof.Garin(Pastor Garin,se me permite...)nesses confrontos mal resolvidos com a "máquina fria".Sexta passada tentei me cadastrar no Hagh(Grupo RBS)compra e venda de veículos pela internet. Há 1 ano atrás o fiz com sucesso e vendi meu veículo. Desta vez "já trancou" no preenchimento do cadastro.Mensagem :Este CPF já existe(claro, era o meu mesmo rsss..).Nem com meu login anterior nem criando um novo;então consegui telefones da RBS e ZH, mas somente após o "findisemana",na 2ª, SERES HUMANOS me atenderam e já estouRECADASTRADO"ufa..".Sugiro:eu mantenho uma agenda escrita com todos os diversos logins e passwords(senhas)que criei para e-mails, acesso a inúmeros sites,bancos e redes sociais.Abço Paulo Garcia

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  9. Obrigado pela solidariedade, Paulo. Cá entre nós, é uma coisa que irrita.

    Também já pensei em criar um arquivo com esses dados, mas acabo sempre esquecendo de fazer. No computador não quero correr o risco de ter os dados roubados. Entretanto, no meu caso, é deficiência do sistema mesmo, que não aceitou o meu celular.

    Um abração,

    Garin

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  10. Minha ex-querida aprendiz,

    às minhas habilidades na Teologia (nunca foram muitas mesmo) anexei outras na Filosofia (também poucas, as pro gasto), Mas tem me servido muito, afinal de contas a gente precisa se distanciar um pouco deste mundo de consumo e pensar/questionar suas artimanhas.

    Valeu, o teu comentário!

    Um abração.

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