terça-feira, 26 de abril de 2011

UMA (nova) “TRAGÉDIA”

Domingo o meu computador parou de funcionar. Não adianta me perguntarem o que houve, parou! Só isso! Não aparecia nada, não ligava, os leds não apareciam, simplesmente não funcionou. Para quem é dependente desse tipo de equipamento, isso foi uma “tragédia”. Claro que estou exagerando na utilização desse adjetivo. Simplesmente fiquei olhando para a tela preta, sem poder ver nada do que poderia me ter chegado através dos múltiplos meios de comunicação digital – e-mail, facebook, blog, etc. Ainda bem que consegui agendar o blog da segunda antes do blackout digital.
Impossível passar um dia, com o computador quebrado, sem exercer o direito à reflexão. Pois me veio á mente memórias da infância. Estávamos com uma viagem programada para uma segunda-feira (ano de 1960). Nossa família possuía dois cavalos adestrados para puxar a carroça. No domingo um deles machucou uma das patas. Pronto: não houve possibilidade de viagem na segunda.
Em todas as épocas, nós, seres (ainda humanos) somos dependentes das diferentes tecnologias. A “esteira” histórica do desenvolvimento civilizatório sempre foi pontuada pelos mais distintos artefatos e metodologias descobertos ou criados pelo ser humano. Depois disso, nos tornamos dependentes dessas engenhocas que nos facilitam a vida. Veja, por exemplo, como viver hoje sem o computador? Como sobreviver sem a agilidade da internet?
Pois é, privado dessa tecnologia (que hoje me domina), passei um dia diferente: não consegui me comunicar com os meus amigos virtuais; não consegui ler os blogues que sigo; não consegui ler os meus e-mails.
Por outro lado, pude apreciar, com mais profundidade, a beleza da paisagem, conversar com mais liberdade com meus vizinhos, curtir um pouco mais a vida em família. O blackout tecnológico não é de todo mau: ajuda-nos a perceber o lado mais próximo da realidade física que nos rodeia.
Boa terça-feira, com ou sem computador!

2 comentários:

  1. Meu caro mestre Garin,
    oh tempora! Oh mores! Há um tempo tu tiveste uma viagem postergada, pois um cavalo manquitolava, agora a falta de energia ou desplugar momentâneo à internet é quase caos!
    Olho para a boda da semana (ou do século!) e vejo que há 30 anos Daiane teve que fazer prova de virgindade e atual nubente, para usar uma linguagem bíblica tão a gosto de meu interlocutor já ‘conheceu o varão e com ele coabitou’ há mais de cinco anos. Oh tempora! Oh mores!
    Um bom dia de Marte,
    attico chassot
    http://mestrechassot.blogspot.com

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  2. Caro Chassot,

    pois é, a vida tem dessas coisas e mesmo a contemporaneidade não evita que os percalços se interponham às aspirações cotidianas.
    Entendo que diante dessas coisas vamos construindo nossa experiência (sabedoria, talvez?). A criatividade nos desafia a cada esquina.

    Um abraço,

    Garin

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