sexta-feira, 23 de setembro de 2011

INDECISÃO
ANO 01 – Nº 196
Coloquei o carro numa vaga do estacionamento do supermercado, tranquei as portas e me dirigi ao estabelecimento para algumas compras rápidas. Enquanto andava pelo pátio, observei uma senhora, cabisbaixa, que saiu às pressas pela porta e logo retornou. Quantas vezes a gente coloca o pé fora do supermercado e lembra que se esqueceu de comprar algo necessário. Esse foi o julgamento que fiz. Entretanto, nem bem havia voltado, retornou ao estacionamento em direção ao seu veículo.
Aquilo que pareceu estranho é, de fato, um acontecimento bastante corriqueiro entre as pessoas que moram em uma grande cidade: a indecisão. Nossa mente, quase sempre está ocupada com uma diversidade de dados e informações. Muitas delas são contraditórias no momento de organizá-las cronologicamente. Como consequência, acabamos confundindo as prioridades do cotidiano, o que provoca pequenos lapsos entre o que é urgente e o que é necessário, mas pode aguardar um pouco mais.
Preocupados em dar conta de todas as tarefas, ficamos em dúvida entre o que fazer agora e o que podemos adiar. Desse raciocínio quase automático do dia a dia, nascem as indecisões momentâneas. Na maioria das vezes são completamente inofensivas e os danos se mostram apenas na pequena perda de tempo. Noutras oportunidades são catastróficas, pois causam grandes confusões e até acidentes, em se tratando de indecisões no tráfego.
Quando isso se torna frequente, é mais indicado fazer uma pausa e reorganizar, racionalmente, as rotinas cotidianas. Possivelmente já ultrapassamos a capacidade de ordenamento da mente e o estresse superou os limites aceitáveis.


DESTAQUE DO DIA

Morte de Freud (72 anos)

Sigismund Schlomo Freud[1] nasceu em Příbor a 6 de maio de 1856 e faleceu em Londres a 23 de setembro de 1939. Mais conhecido como Sigmund Freud, foi um médico neurologista judeu-austríaco, fundador da psicanálise. Freud nasceu em Freiberg, na época pertencente ao Império Austríaco; atualmente a localidade é denominada Příbor, na República Tcheca. Iniciou seus estudos pela utilização da hipnose como método de tratamento para pacientes com histeria. Ao observar a melhoria de pacientes de Charcot, elaborou a hipótese de que a causa da doença era psicológica, não orgânica. Essa hipótese serviu de base para seus outros conceitos, como o do inconsciente. Freud também é conhecido por suas teorias dos mecanismos de defesa, repressão psicológica e por criar a utilização clínica da psicanálise como tratamento da psicopatologia, através do diálogo entre o paciente e o psicanalista. Freud acreditava que o desejo sexual era a energia motivacional primária da vida humana, assim como suas técnicas terapêuticas. Ele abandonou o uso de hipnose em pacientes com histeria, em favor da interpretação de sonhos e da livre associação, como fontes dos desejos do inconsciente.


[1] SIGMUNDO FREUD (ilustração e texto). Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Sigmund_Freud. Acesso em 22 set 2011.

2 comentários:

  1. Meu caro colega Garin,
    na madrugada de Manaus, que despeço depois da fala desta manhã. Mais uma vez o Pastor do cotidiano nos alerta quando aproveita uma olhada a uma freguesa que deixa um supermercado e com isto teologiza. Obrigado, também por isto.
    Lateralmente? Reconhecimento a Freud por ter mudado um paradigma.
    Parabéns por mais um excelente texto e fruída primavera,
    achassot

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  2. Caro Chassot,

    meu agradecimento pelas considerações que fazes às postagens no meu blog. Já te disse, mas não cansarei de repetir: elas qualificam esta página e são um estímulo para continuar.

    Bom retorno, um abraço,

    Garin

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