quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O LUTO
ANO 01 – Nº 181
Quando eu era menino, faleceu um tio avô meu. Era um dia cinzento. Não apenas por causa de uma espessa camada de nuvens que cobria o céu, mas porque todas as pessoas da circunvizinhança tinham o semblante cabisbaixo. Quando mamãe soube da notícia, todas as atividades foram interrompidas. Os bois foram soltos do arado e os cavalos receberam os correames para puxarem a carroça. Todos/as subimos e meu pai tocou os animais com voz baixa. Não se falava nada. Nós, crianças, não perguntávamos nada. Fazia parte do cortejo da morte a tristeza e o silêncio, entrecortados por vozes sibiladas. Os únicos assuntos permitidos eram referentes ao falecido: sua bondade, sua dignidade, as circunstâncias nas quais havia morrido.
Dificilmente escapamos à experiência do luto. O sentimento de perda, provocado pela morte de uma pessoa a quem amamos, sempre nos causa dor. O luto é a forma que encontramos de trabalhar essa dor. Por alguns, a morte dos queridos é enfrentada com choro convulsivo, por outros, com lágrimas nos olhos. Alguns chegam ao desespero e há outros que se preparam de tal sorte que são capazes de consolar os amigos ao invés de serem consolados.
Terça-feira experimentei o luto mais uma vez. Fui ao Cemitério São Miguel e Almas para me despedir do querido Prof. Dr. Helmuth Alfredo Simon. As lembranças são imediatas. Meu primeiro dia de aulas na graduação foi Grego Bíblico e ele era o meu professor. Nos quatro anos que se seguiram, a convivência com ele foi rica e definitiva para os meus conhecimentos sobre Bíblia e sobre o humano que há em cada um de nós. Ele não tinha direito ao recreio, sempre o cercávamos com perguntas e com pedidos de parecer sobre qualquer assunto. Ele sempre tinha uma palavra tranquilizadora no meio do nosso tumulto abalado pelas incríveis descobertas que fazíamos nos conhecimentos bíblicos e teológicos. Vinte anos depois daquela primeira aula prestei prova de proficiência em grego para ingresso no mestrado e obtive nota suficiente para aprovação.
Pois é, foi um dia de luto e a forma que encontrei para enfrentar a perda de um referencial tão significativo foi recorrer à lembrança das aulas de Grego e Antigo Testamento que marcaram minha formação teológica. Prof. Simon, muito obrigado pela diferença que fizeste em minha vida!

  
DESTAQUES DO DIA

Dia Internacional da Alfabetização

A alfabetização[1] consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação. De um modo mais abrangente, a alfabetização é definida como um processo no qual o indivíduo constrói a gramática e em suas variações. Esse processo não se resume apenas na aquisição dessas habilidades mecânicas (codificação e decodificação) do ato de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar, resignificar e produzir conhecimento.

Dia Internacional do Jornalista

Jornalismo[2] é a atividade profissional que consiste em lidar com notícias, dados factuais e divulgação de informações. Também se define o Jornalismo como a prática de coletar, redigir, editar e publicar informações sobre eventos atuais. Jornalismo é uma atividade de Comunicação. Ao profissional desta área dá-se o nome de jornalista. O jornalista[3] pode atuar em várias áreas ou veículos de imprensa, como jornais, revistas, televisão, rádio, websites, weblogs, assessorias de imprensa, entre muitos outros.

Dia Internacional da Fisioterapia

A Fisioterapia[4] pode ser definida como a arte e ciência dos cuidados físicos e da reabilitação[5]. Com o sentido restrito à área de saúde, está voltada para o entendimento da estrutura e mecânica do corpo humano. Ela estuda, diagnostica, previne e trata os distúrbios, entre outros, da biomecânica e funcionalidade humana decorrentes de alterações de órgãos e sistemas humanos. Além disso, a Fisioterapia estuda os efeitos benéficos dos recursos físicos e naturais sobre o organismo humano. É a área de atuação do profissional formado em um curso superior de fisioterapia. O fisioterapeuta é capacitado a avaliar, reavaliar, prescrever (tratamento físico, órteses, próteses), dar diagnóstico cinesiológio-funcional, prognóstico, intervenção e alta, dentro de sua tipicidade assistencial.


CONVITE


Gostaria de fazer um convite especial para o próximo sábado, dia 10/9, para participar do PhiloCine. A atividade consta da exibição de um filme e comentários sobre o mesmo. Abaixo, convite com todos os dados.





[1] ALFABETIZAÇÃO (ilustração e texto). Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabetiza%C3%A7%C3%A3o. Acesso em 7 set 2011.
[2] JORNALISMO. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornalista.  Acesso em 7 set 2011.
[4] FISIOTERAPIA. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Fisioterapia. Acesso em 7 set 2011.
[5] Ilustração disponível em http://www.institutopaulistano.com/artigos/fisioterapia-bronquiolite-viral-aguda. Acesso em 7 set 2011.

2 comentários:

  1. Meu caro professor Garin,
    em meio a tantas datas comemorativas adiro ao teu luto e vejo ratificada tese que para mim significa a continuação da vida após a morte: o Prof. Dr. Helmuth Alfredo Simon existe e passa existir para teus leitores como eu porque tu nos conta a sua história.
    Uma boa quinta-feira que sabe a segunda-feira.
    Com admiração

    attico chassot

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  2. Caro Chassot,

    a vida se projeta para o além porque não existimos apenas em nós mesmos. Ninguém se limita apenas aos seus próprios anos e uma linha de continuidade se estende para frente.

    Um abraço,

    Garin

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