domingo, 4 de setembro de 2011



MODISMOS INCONSEQUENTES
ANO 01 – Nº 177
A atualidade se presta para modismos inconsequentes. Entre esses aparecem os ditados e símbolos religiosos. Trata-se de manifestações sem coerência com a vida dos seus usuários. Na maioria das vezes são modismos fruto de um mercado religioso cada vez mais aguçado nesses dias de prolíferas religiões. Há denominações que aparecem e desaparecem como se fossem uma feirinha de esquina. Enganam-se os crentes por um tempo, faz-se um caixa considerável e depois desaparece tudo.
O colega Marcelo Haygertt, da Igreja Metodista Institucional[1] de Porto Alegre nos brindou com uma significativa reflexão, no dia 28 de agosto último, sobre um adesivo que virou moda aqui pelo Rio Grande do Sul: “Deus é fiel”[2], colocado nos carros como se fosse apólice de seguro. É verdade que há pessoas que adotam esses dizeres por genuína convicção teológica. Ele contrapõe o modismos á necessidade de dar uma resposta autêntica a Deus que é fiel e misericordioso. Transcrevo a seguir, a íntegra da sua meditação.

GRATIDÃO E FIDELIDADE
Os adesivos com a frase: “Deus é fiel” estão na moda e em toda parte. E realmente, Deus é fiel. A questão é que a fidelidade de Deus tem levado as pessoas acreditarem que ela é uma garantia de perdão para a infidelidade do cristão. Aliás, você sabia que o cristão que vive confiante na fidelidade Divina, demonstra essa confiança através da gratidão a Deus?

Na Bíblia, a palavra fidelidade significa: firmeza, lealdade e estabilidade. Deus é fiel, conseqüentemente, Ele também espera uma atitude semelhante de quem o chama de Pai! A fidelidade para com as boas novas de Deus tem levado cristãos a abrirem mão da própria vida. O sofrimento pela fidelidade a Jesus perdura até os dias atuais.

A gratidão é a capacidade de viver alegremente, confiante em Jesus, seja lá qual for a situação ou circunstância. O cristão grato não depende da bênção ou do sucesso, mas sim da fidelidade de Deus. A sua gratidão está centralizada na fidelidade a pessoa e palavra de Jesus e não nas bênçãos que ele pode obter. A gratidão aviva a fé, expulsa a amargura, dá animo ao coração, brilho à esperança, equilíbrio psicológico, estabilidade emocional e beleza ao rosto. O melhor é que Deus se alegra com filhos e filhas gratas.

A fidelidade do cristão o torna uma pessoa aprovada por Deus. A gratidão o faz perceber a intervenção de Deus em sua vida, até nas pequenas coisas.

Deus é fiel, portanto, fidelidade e gratidão são atitudes para serem vividas na abundância e na escassez, na tentação e na calmaria. Fidelidade e gratidão são exemplos práticos de quem é luz e sal da terra.

Pr. Marcelo M. Haygertt





DESTAQUE DO DIA
Início da Idade Média (1535 anos)

A Idade Média[3], Idade Medieval, Era Medieval ou Medievo foi o período intermédio numa divisão esquemática da História da Europa, convencionada pelos historiadores, em quatro "eras", a saber: a Idade Antiga, a Idade Média, que teve início com a queda do Império Romano em 4 de setembro de 476, a Idade Moderna e a Idade Contemporânea. Este período caracteriza-se pela influência da Igreja Cristã sobre toda a sociedade, subdividida em três classes: clero, nobreza e povo. Ao clero pertencia a função religiosa, a classe culta, possuía propriedades, muitas recebidas por doações de reis ou nobres a conventos. Os elementos do clero são oriundos da nobreza e do povo. A nobreza era a classe guerreira, proprietária de terras, cujos títulos e propriedades eram hereditários. O povo era a maioria da população que trabalhava para as outras classes, constituído em grande parte por servos. O sistema político, social e econômico característico foi o feudalismo, sistema muito rígido em progressão social.



[1] Ilustração disponível em http://metodismorgs.webs.com/templos.htm. acesso em 3 set 2011.
[2] Ilustração disponível em http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-174899431-adesivo-deus-e-fiel-interno-ou-externo-25-cm-frete-gratis-_JM. acesso em 3 set 2011.
[3] Ilustração disponível em http://gloriadaidademedia.blogspot.com/2008_08_01_archive.html. acesso em 3 set 2011.

2 comentários:

  1. Muito estimado colega Garin,
    não vou entrar discussão de ‘profissão de fé’ em adesivo de carros. Não é a minha paróquia.
    Agora, devo dizer que tive surpresas: uma data para marcar o ínicio da idade média. Desconhecia isto. Há diferentes situações que caracterizam inicio/término destes períodos fluidos que chamamos de Idade Antiga/Média/Moderna/Pós-moderna mas não há que me consta uma data (hora, dia, mês, ano) para defini-los.
    Já vi que a vitória de Constantino que torna o Império Romano cristão, poderia, talvez, marcar o início da Idade Média.
    Releva a divergência, que não é significativa
    attico chassot

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  2. Caro Cahssot,

    as divergências são produtivas pois proporcionam o debate. Confesso que, para mim, também foi uma surpresa. Fiz o registro porque encontrei essa data em minhas pesquisas. Também concordo contigo que é difícil marcar assim, tão objetivamente, uma divisão de épocas.

    Um abraço,

    Garin

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