sexta-feira, 20 de maio de 2011

O FOGO







De tempos remotos
O fogo cativa
Facilidades
Felicidades
Poder
Conceder.
De fogo sagrado
Santificado
Foi profanado
Na guerra
Enganado
Transformado
Em arma do cão.
Continua importante
Nos tempos de agora
Porque sem demora
Vidas frias
Doentias
São aquecidas
Tornadas sadias.
O fogo sagrado
Trazido pro chão
Na conversa
Diversa
De gente
De irmão.
O fogo ilumina
Cozinha,
Fulmina
Determina
Roteiros
Passeios
Conversas
Conservas
Chimarrões.
O inverno que chega
O fogo aconchega
Amores
Sabores
Agrados.
Acendendo lareira
Pulando fogueira
À beira
Da eira
À beira
Do chão.

6 comentários:

  1. O melhor é o som do relógio no fundo :)

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  2. Mestre e poeta,
    (ou)vi emocionado o crepitar do fogo. Realmente se há algo que desde a infância nos traz interrogantes forte é o fogo.
    Por que para apagar uma vela e para avivar uma chama, usamos o mesmo procedimento? Obrigado por compartires sabedoria na locução, no texto e nas imagens.
    Curtamos muito lareiras no inverno que se avizinha e assim também evovaremos um pouco o fogão da cozinha de nossa infância
    Uma boa sexta-feira
    attico chassot

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  3. Caro Chassot,

    o fogo no fogão da infância constituiu cenário constante em minha vida, também. Além do calor, ele era o lócus das gostosuras que mamãe preparava e nos servia à mesa, que na época pela importância da refeição, era a "mesa da comunhão".

    Boa sexta, um abraço!

    Garin

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  4. Pois é Iguatemi,

    embalando o crepitar do fogo, o relógio de parede marca a sequência cronológica - seria da noite... ou seria do tempo...?

    Um abraço,

    Pai

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  5. Querido Garin
    As imagens do fogo de chão, das conversas amigas, da roda de chimarrão... me fizeram retornar a cenários antigos em que eu tinha o privilégio de ouvir da tua boca causos e histórias do menino de Cachoeira que caminhava de chinelos pelas invernadas, em busca de aprender coisas novas. Tuas palavras continuam aquecendo e iluminando minha vida. Abraço. Leonardo Araujo

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  6. Caro Leonardo,

    a gente não consegue se "livrar" das raízes. Aliás, se fizermos isso, acabamos e visitar antigos cenários é viver outra vez, agora com mais cores e mais sabores os antigos momentos que nos construiu.

    Um grande abraço,

    Garin

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