terça-feira, 10 de maio de 2011

SENSOR DE PRESENÇA

Tomei meu café, vesti a roupa de ginástica[1] e desci escada abaixo. Não gosto de chegar atrasado à academia senão tudo o resto fica fora de lugar, no tempo é claro! Quando vou descer o primeiro degrau percebo que o sensor de presença ainda não tinha “percebido” a minha chegada. Demorei um pouquinho e, ah... ele acendeu. Imagina se ele não funcionasse naquela hora, meio agitadinho como sou (só pela manhã), seria um tombo na certa. Não quero nem imaginar as conseqüências.
Não é que essa experiência frugal me cutucou os neurônios! Comecei a pensar nessa pequena maquininha que chamam de sensor de presença, no caso, que acende a luz da escadaria do edifício. Basta a gente se aproximar e ela ilumina o caminho por onde precisamos passar. A gente pode até resumir numa frase de efeito: “das trevas para a luz!”, não ficou bonito?
Fiquei pensando, com meus botões: que tipo de “sensor de presença” sou eu? Será que, quando me aproximo das outras pessoas também acontece alguma “iluminação”? Ou será que minha presença poderia transformar uma reunião iluminada, cheia de boas idéias e de grandes intenções e ações, numa reunião tenebrosa?
Confesso que sofro de uma dúvida aguda. Nunca sei se sou capaz de lançar luz sobre alguma questão ou apenas alguém que acaba sendo iluminado pelas idéias e argumentos dos outros. É bem verdade que me esforço para ser um pouco de “luz”, mas receio que, em muitas ocasiões acabei ofuscando grandes momentos.
Acho que devo ficar mais atento, demorar menos em “acender a luz”. É bem verdade que alguns momentos o que parece ofuscar é, de fato, o que ilumina.
Vale umas perguntinhas para encerra: será que sempre devo ser um “sensor” que ilumina? Será que posso me permitir não ter essa preocupação? Será sempre sou o que ofusca?


[1] Não adianta enganar, eu sou do tempo que a gente dizia “roupa de ginástica”.

3 comentários:

  1. Meu caro Garin,
    mais uma identificação: se não posso na Academia, às 7h quando abre, não vou mais. Ainda há conotação de lazer, logo geram em mim culpas. Tenho um colega que supera isso dizendo ‘vou para minha fisioterapia’.
    Hoje muito na torcida junto contigo.
    Com amizade
    attico chassot

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  2. Caro Chassot,

    pois é, a gente precisa adotar alguma disciplina e depois seguir.

    Obrigado pela torcida: está tudo bem e amanhã já haverá mudanças para melhor.

    Um abraço,

    Garin

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