sexta-feira, 27 de maio de 2011

O LÍCITO

O que é lícito? O que é ilícito?
O maior questionamento do ser humano, em todos os tempos, é sobre a legitimidade de suas ações. Sobre esta questão, muitas palavras têm-se gastado. Quem sabe, quilômetros de papel já foram escritos para justificar as mais diferentes teorias a respeito.
Jesus nos confronta com questões éticas deste tipo. Com a finalidade de justificar nossas atitudes, julgamos o certo e o errado. Mas quem é, de fato, o genuíno juiz? De que lado deve estar a lei? Quando é que podemos fazer alguma coisa que é contra a lei?
O Senhor levanta um argumento inconteste: quando a vida está em jogo! Para Deus, a vida humana é uma preciosidade que deve ser defendida de todas as maneiras. Só a sua defesa (com respeito às demais vidas), justifica os meios. Neste contexto, tudo o que demanda contra a vida é motivo de abominação e luta – a fome, a sede, o desamparo, o desrespeito, a indignidade, etc.
Apanhar espigas no sábado é justificado pela fome dos discípulos. O que mais seria permitido desde que seja em defesa da vida humana?

Por aquele tempo, em dia de sábado, passou Jesus pelas searas. Ora, estando os seus discípulos com fome, entraram a colher espigas e a comer. (Mt 12.1)


___________________________________________________________


Familiares e amigos acompanham
enterro de extrativistas no Pará.

“Familiares e amigos acompanham nesta quinta-feira o enterro do casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva no cemitério da Saudade, em Marabá (PA). Eles foram mortos anteontem em Nova Ipixuna (481 km de Belém).
Uma manifestação de movimentos sociais, familiares e amigos do casal morto paralisou um trecho da BR-155, em Marabá, e impediu a passagem de um trem da Vale. A ponte do rio Tocantins, bloqueada desde as 5h desta quinta-feira, foi liberada somente às 10h.
A ferrovia, que passa no meio da ponte, foi interditada por um pneu queimado. Segundo a Polícia Militar, o trem da Vale que seguia no sentido Carajás-São Félix do Xingu teve de retornar.
Ontem, representantes de órgãos públicos disseram desconher ameaças de morte aos líderes extrativistas.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública, a Ouvidoria Agrária --ligada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário--, o Ibama e o Incra afirmaram não ter registros anteriores de denúncias.”

Familiares e amigos acompanham enterro de extrativistas no Pará. Disponível: http://www1.folha.uol.com.br/poder/921348-familiares-e-amigos-acompanham-enterro-de-extrativistas-no-para.shtml acesso em 26 maio 2010.

A pergunta que permanece para todas as pessoas que sonham com uma nação livre e justa é sobre quando esse mar de sangue irá secar? Até quando teremos que ler essas notícias em nossos informativos?

 



4 comentários:

  1. Eis o nivel de civilidade que chegamos ao seculo XXI.

    ResponderExcluir
  2. Muito estimado colega Garin,
    obrigado por esta edição em dois tempos. O primeiro remete-me a para: 08.- No dia das mães uma parábola judaica Acerca de teu segundo tempo: tua pergunta de clausura sintetiza com adequação: quando esse mar de sangue irá secar?
    O melhor para ti e para teus leitores
    attico chassot

    ResponderExcluir
  3. Caro Junior,

    o impressionante é que essa "civilidade" já é uma herança que a gente não consegue se livrar, apesar das vozes proféticas que se levantam. Aliás, são exatametne essas vozes que são silenciadas cruelmente.

    Um abraço,

    Garin

    ResponderExcluir
  4. Caro Chassot,

    há muito que a nossa população vem sofrendo com a sequência de mortes naquela região da Amazônia. São as fozes dos profetas que se levantam e que são silenciados pelos incomodados com a sua pregação: isso tem que acabar!
    Um abraço,

    Garin

    ResponderExcluir