segunda-feira, 23 de maio de 2011

O HUMANO


Entendo que todo o mundo sente algo parecido com o que senti sábado passado. Minha esposa precisava comprar alguns enfeites para a nossa casa e me convidou para ir ao um shopping. Raramente vamos a esse tipo de estabelecimento, somente mesmo quando precisamos de alguma coisa que a gente não encontra em outro tipo de comércio. Tomamos e carro e lá fomos nós!
Quando entramos no estacionamento, tarefa que já foi uma “briga”, difícil foi encontrar uma vaga. Olha pra cá, olha pra lá, e nada. Circulamos alguns minutos até que, entre carros e pedestres, vislumbramos um lugarzinho, meio apertado, mas com uma boa manobrada, conseguimos estacionar.
Descemos, trancamos o carro e nos misturamos a uma verdadeira “multidão” que caminhava em direção à porta de entrada. É bem aí que desejo fazer o meu comentário. Não sei quantas vagas aquele shopping possui, mas posso assegurar que são milhares de carros. Consequentemente são milhares de pessoas que transitam pelo estacionamento. Lugar para os carros há bastante, mas lugar para as pessoas circularem, não. Os pedestres travam uma perigosa batalha entre carros entrando, carros saindo, pessoas entrando na porta, compradores saindo com carrinhos de supermercado, com crianças, com montanhas de compras, com montanhas de pressa.
Pasmem, não há espaço de circulação segura para as pessoas. Cada um precisa ficar atento para não esbarrar nos veículos que entram ou que saem, sempre muito impacientes, representando que, mesmo num sábado, estão extremamente[1] atrasados.
A máquina, o carro, a mercadoria, o negócio, a divulgação são coisas muito bem valorizadas. Onde ficam as pessoas? O objetivo dos shoppings não seria facilitar para que as pessoas pudessem fazer suas compras com tranquilidade, com segurança, com conforto? Mas por onde elas irão circular? Onde está localizado o humano, do ser humano, em todo esse processo?
Desculpe esse desabafo, para iniciar uma nova semana, mas me senti máquina, comércio, negócio, consumidor, objeto de propaganda e mais outras coisas... menos ser humano!
Um forte abraço, mesmo que digital, mas sempre muito humano!


[1] Palavra da moda atualmente.


2 comentários:

  1. Meu caro Garin,
    dois assuntos de tua blogada: primeiro o volume de espaço consumido por este meio de transporte ‘burro’ que os humanos adaptaram das antigas carruagens. Há informações do numero significativo que transportam apenas um passageiro. Segundo, a máxima ‘ tempus fugit’ é ferreteada com extremamente. A propoósito encerro este comentário, pois se não estiver às 07h00min na Academia estou atrasado.
    Obrigado pela tua postagem
    attico chassot

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  2. Caro Chassot,

    pois é, dizem que essas carruagens, mesmo nos velhos tempos já complicavam a vida das pessoas da cidade. Há um postal sobre o engarrafamento de carruagens em Buenos Aires, de 1908 que também carregavam poucos passageiros: http://giseleteixeira.files.wordpress.com/2010/06/palermo-el-corso.jpg.

    Uma boa semana para ti, com um abraço,

    Garin

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