terça-feira, 3 de maio de 2011

A CHUVA

Quando entrei no estabelecimento o clima estava cinzento, mas agradável, de certa maneira. O céu fechado e um vento leste não indicavam grandes alterações. Meia-hora depois, quando saí, chovia forte sobre a cabeça de todas as pessoas, que como eu, não estavam prevenidas. Quando cheguei ao carro, já estava molhado o suficiente para dar uns bons espirros.
Não é só com o clima que esse tipo de “surpresa” acontece. É comum a gente se preparar para uma situação e “no meio do jogo”, tudo mudar. A gente se prepara, toma as precauções suficientes, mas isso não é tudo: é necessário preparar-se para o imponderável. Somos desafiados a reagir, com criatividade, diante de situações imprevisíveis.
É justamente essa capacidade de nos preparar para o imprevisível que nos diferencia das máquinas. Um computador só dá respostas diante daquilo para o qual foi alimentado previamente. Mesmo que ele consiga realizar ene cálculos, mesmo assim não fará um cálculo que não estiver no seu “estoque” de programas.
Por vezes fico maravilhado como o ser humano é capaz de reagir diante de situações adversas quando parece que não há maneira de escapar. Outras vezes me impressiono como algumas pessoas reagem a determinadas situações de uma maneira bem distinta daquela que seria esperada.
Confesso que esta não foi a minha situação ontem: acabei arrumando um resfriado, por pura falta de criatividade. Não me preparei para o imponderável!
Meus votos de uma ótima terça-feira!

CUMPRIMENTOS
Quero aproveitar para registrar aqui os meus cumprimentos aos organizadores do Café Filosófico de sábado passado, pelo ótimo trabalho que realizam à frente deste evento. Menciono aqui o Claiton Prinzo e a Gabriela da Silva



2 comentários:

  1. Meu caro Garin,
    Ontem, como tu fui, surpreendido ao deixar a sala de aula pela manhã por um clima muito distinto do início da aula. Meu frágil guarda-chuva não me trouxe a contento para casa. A tarde nas aulas da Universidade do Adulto Maior alunas, alunos e eu já trajávamos roupas com ressaibo de inverno. Mas os meteorologistas caboclos, aqueles que conhecem também o respigar, sabem que antes do inverno teremos o veranico de maio.
    As previsões do tempo todavia deviam nos ensinar a trabalhar mais com a incerteza. Não há como não recordar o nosso Paul Feyerabend, usualmente presente em nossas aulas: “Só tenho uma certeza: as minhas incertezas!”
    Agradeço os pastoreio que abrem as madrugadas e retribuo os votos de uma muito boa terça-feira
    attico chassot
    http://mestrechassot.blogspot.com

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  2. Caro Chassot,

    Essa certeza de Feyerabend, me faz recordar de uma afirmativa de Sócrates: "Só sei que nada sei!" Pode ser desconfortável viver num tempo em que as incertezas e a não-sabedoria sejam nossas companhias permanentes. Por outro lado, são essas companhias que nos oferecem a oportunidade de exercitar nossa criatividade no dia-a-dia.

    Uma boa terça-feira, caro colega!

    Garin

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