domingo, 19 de fevereiro de 2012

Caminhos tortuosos - ano 01 - nº 345

CAMINHOS TORTUOSOS

ANO 01 – Nº 345

Num dia de folga resolvi fazer um passeio por caminhos desconhecidos. Abandonei a BR e fui por uma estradinha de chão batido, em direção oeste. Além de uma pequena indicação da localidade no início, não era possível encontrar qualquer placa ou seta mostrando as opções. Deixei-me andar sem rumo, apenas seguindo em frente.

Finalmente encontrei uma encruzilhada. Nada de indicações ou placas. Numa casa semi-abandonada consegui uma informação sobre a próxima localidade. Tomei a estrada e continuei. Campos, matas, gado, florestas, lagoas, enfim, o mundo rural com sua magia e seu mistério. Depois de mais de uma hora e meia de viagem constatei que não tinha como voltar. Depois de tantas alternativas à esquerda e à direita, certamente não havia mais retorno, a menos que encontrasse alguém que me indicasse o caminho de regresso.

Como seres humanos seguidamente enveredamos por caminhos de vida, cujo destino desconhecemos e não controlamos. Boa parte destas aventuras nos afasta de nós mesmos. São caminhos que escolhemos por conta e risco.

A história de Adão e Eva se repete de tempos em tempos conosco. Aí, depois de algum tempo, entre tombos e escorregões, descobrimos que fomos longe demais. Percebemos que a alternativa que temos é pedir socorro.

Nestas ocasiões as casas semi-abandonadas não resolvem o horror de estar perdido. O único que conhece o caminho da volta é aquele que é o próprio Caminho. Não bastam ‘dicas’ ou informações. É preciso embarcar em Sua graça e experimentar a visão familiar da porta do Reino, de onde Alguém, à distância e com braços abertos nos diz, “vinde benditos de meu Pai!” (Mt 25.34).
DESTAQUE DO DIA

Morte de Maurice Garin (55 anos)

Maurice Garin-François nasceu em Arvier , Vale de Aosta , Itália a 3 de Março de 1871 e morreu em Lens (ou Haute-Savoie), França a 19 de fevereiro de 1957. Foi o ciclista mais conhecida por ganhar o primeiro Tour de France em 1903. Ainda hoje detém o recorde da maior margem de vitória ao bater nesta prova o seu mais direto adversário em 2 horas e 49 minutos. Ficou conhecido pela sua capacidade de endurance, o que lhe valeu a conquista de muitas provas de ciclismo. Garin tornou-se um profissional por acaso. Ele planejou participar de uma corrida em Avesnes-sur-Helpes, a 25 km de onde morava. Quando chegou descobriu que era apenas para profissionais. Não sendo permitido competir, ele esperou até que os pilotos tivessem partido e correu atrás deles e passando a frente todos. Ele caiu duas vezes, mas terminou à frente dos outros competidores. A multidão estava entusiasmada, mas os organizadores não o reconheceram porque não era profissional. Garin tornou-se um profissional. Sua primeira vitória nessa nova condição foi em uma corrida de 24 horas em Paris, em 1893. A Competição foi realizada no Campo de Marte, local da Torre Eiffel. O evento teve lugar em Fevereiro e o frio excluiu vários competidores. Garin fez os 701 km em 24 horas, batendo o segundo colocado em 49 km.[1]


[1] FONTES: http://en.wikipedia.org/wiki/Maurice_Garin; http://en.wikipedia.org/wiki/1904_Tour_de_France; http://www.infopedia.pt/$maurice-garin; http://pt.wikipedia.org/wiki/Maurice_Garin. Acesso em 18 fev 2012.

2 comentários:

  1. Muito estimado colega Garin,
    vejo que no Maurice, o bravo ciclista está a herança que fez o Norberto, o motociclista.
    Boa descoberta de um domingo para fugar do Carnaval.
    com admiração,
    attico chassot

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    1. Amigo Chassot,
      pois esse Maurice, que nasceu na Itália, adotou a nacionalidade francesa e tornou-se um competidor em duas rodas; mas perdeu o título de 1904, juntamente com outros competidores, acusado de fraude. Posteriormente continuou sua carreira no ciclismo por muitos anos.
      Obrigado, um abraço.

      Garin

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