sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Supercontinente - ano 01 - nº 336

SUPERCONTINENTE
ANO 01 – Nº 336

Quando tratamos de futuro, sempre há bastante curiosidade. A exploração de novas estrelas, novos planetas, novos universos etc. mexer com a mente humana porque aponta para um amanhã tão distante, que apenas a imaginação é capaz de dar contas.

Do ponto de vista da ciência, mesmo que se utilizem os mais aperfeiçoados recursos tecnológicos, projetar o futuro é uma tarefa que não transcende muito à reflexão. Previsões científicas realizadas no início do século vinte não se confirmaram na virada do milênio. Assim, o campo das especulações, mesmo ditas científicas, ainda é um terreno pantanoso.

A propósito, a imprensa de ontem divulgou previsões realizadas por cientistas estadunidenses sobre a movimentação dos continentes do planeta Terra. Por um lado é animador perceber que há gente, no meio científico, pensando numa época tão distante, o que demonstra esperanças de futuro. Por outro, representa um risco elevado calcular trajetórias que não poderão ser confirmadas, até porque, quando tal fenômeno se concretizar, esses cientistas não estarão presentes.

Há sempre uma sede humana de descortinar o impossível e transformá-lo em provável. Esquecemo-nos de que no decorrer da história, tanto a cultura quanto a natureza se alteram constantemente, influenciados uma pela outra. A propósito, transcrevo a notícia publicada ontem, com os votos de uma sexta-feira repleta de realizações humanas:


Cientistas explicam como vai surgir o supercontinente Amásia[1]

A movimentação dos continentes em direção ao polo Norte, dentro dos próximos milhões de anos, vai dar origem à Amásia, nome usado pelos cientistas norte-americanos para se referir ao supercontinente que será formado pela junção da América e da Ásia.

A grande massa de terra surgirá entre 50 milhões a 200 milhões de anos, de acordo com uma pesquisa da Faculdade de Geologia e Geofísica da Universidade de Yale (EUA) publicada na revista britânica "Nature".

Os dois continentes se juntarão pelo polo Norte por meio de uma cordilheira que ligará o Alasca à Sibéria.

A América permanecerá situada sobre o anel de fogo do Pacífico, uma zona de intensa atividade sísmica e vulcânica, mas seu revelo mudará radicalmente pois a atração em direção ao polo fundirá a América do Sul e a do Norte.

Este deslocamento provocará o desaparecimento do oceano Ártico e do mar do Caribe, segundo explicou à Agência Efe Ross Mitchell, geólogo de Yale e um dos autores do artigo.

Já se passaram 1,8 bilhão de anos desde que se formou o primeiro supercontinente, Columbia, que foi seguido pelo Rodínia e Pangea --última grande massa de terra a se formar, com centro na África atual e que com o tempo e a ação das placas tectônicas formou os continentes como são hoje em dia.

De acordo com os cientistas, o centro da Amásia ficaria em algum ponto do atual oceano Ártico.

Esta teoria contradiz os dois modelos defendidos até o momento: uma das hipóteses sugere que o centro do próximo supercontinente será na África; a outra diz que será no oceano Pacífico, em algum ponto entre as ilhas de Havaí, Fiji e Samoa.

Segundo estes modelos, a união dos continentes ocorreria por meio do oceano Atlântico ou do Pacífico, respectivamente, enquanto o modelo de Mitchell defende que isso seria pelo Ártico.

DESTAQUE DO DIA

Morte de Montesquieu (257 anos)


Charles de Montesquieu, senhor de La Brède ou barão de Montesquieu nasceu no castelo de La Brède, próximo a Bordéus a 18 de Janeiro de 1689 e morreu em Paris a 10 de Fevereiro de 1755. Foi um político, filósofo e escritor francês. Ficou famoso pela sua Teoria da Separação dos Poderes, atualmente consagrada em muitas das modernas constituições internacionais. Aristocrata, filho de família nobre, nasceu no dia 18 de Janeiro de 1689 e cedo teve formação iluminista com padres oratorianos. Revelou-se um crítico severo e irônico da monarquia absolutista decadente, bem como do clero católico. Adquiriu sólidos conhecimentos humanísticos e jurídicos, mas também frequentou em Paris os círculos da boêmia literária. Em 1714, entrou para o tribunal provincial de Bordéus, que presidiu de 1716 a 1726. Fez longas viagens pela Europa e, de 1729 a 1731, esteve na Inglaterra.[2]


[1] CIENTISTAS EXPLICAM COMO VAI SURGIR O SUPERCONTINENTE AMÁSIA. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1046543-cientistas-explicam-como-vai-surgir-o-supercontinente-amasia.shtml. Acesso em 9 fev 2012.
[2] CHARLES DE MONTESQUIEU. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_de_Montersquieu. Acesso em 9 fev 2012.

2 comentários:

  1. Muito estimado colega Garin,
    uma vez laborava com um colega um texto sobre Geologia. Falávamos em tectônica de placas, assunto de tua blogada sabática. Vimos então que ao invés de falar sobre um movimento quase infinitesimal das placas, havia humana que construíam em áreas de riscos, onde ‘as placas se movimentavam’ com velocidades visíveis. Escrevemos então “Encontro para fazer encontros ou, sonhadoramente, uma busca da Geologia da Libertação”.
    Sabes que essa semana bisbilhotei Montesquieu em busca de subsídios para ‘o Direito é masculino.
    Um bom sábado

    attico chassot

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    1. Amigo Chassot,
      não há como não darmos uma 'espiada' nos antigos pensadores: são eles que acabaram formando (ou deformando) nossa maneira de pensar.

      Um abraço. Garin

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