terça-feira, 19 de junho de 2012

Plano M - ANO 02 – Nº 464


PLANO M

Acordei essa madrugada pensando no tema da postagem de hoje. Logo me veio à mente uma situação vivida ontem em sala de aula que me forçou a utilizar o famoso Plano B. Quando liguei o computador, pesquisei no blog para saber se alguma vez tinha falado sobre esse assunto. Resultado: três vezes. O jeito foi adotar um Plano B para a postagem.

Pensando melhor descobri que sempre é possível abordar o mesmo tema porque, sem dúvidas, é a alternativa de estratégia que mais exige criatividade de qualquer pessoa.

Estava chegando à metade da aula quando a energia se foi. Por motivo de economia de árvores, quase não utilizo mais anotações em suporte papel para ministrar minhas aulas. Tenho um equipamento pequeno onde registro meus apontamentos.

Quando a energia se foi fiquei sem o multimídia, através do qual projeto slides em PowerPoint sobre a tela. Pensei rapidamente, não há problemas, o computador possui bateria e continuei minha aula lendo os slides e utilizando os pinceis sobre o quadro branco. A surpresa veio quando a bateria do equipamento terminou dez minutos após faltar a energia.

Não tinha como parar a aula visto que ainda faltavam alguns minutos para o encerramento. Não dispunha mais de nenhuma fonte de informação que não dependesse da energia. Antes de entrar em pânico, senti o suor frio correndo pela espinha. Respirei duas vezes e abri o jogo para a turma: “pessoal, terminou a minha bateria!”. Nesse caso, me referia à bateria do computador. Disse: “então vamos continuar nossa aula por nós mesmos”. Não tão famoso nem tão eficiente como o Plano B, mas também conhecido pelos professores e por outros profissionais é o Plano M. Partindo daquilo que já tinha explicado e anotado no quadro, a memória foi descortinando, ponto a ponto, a sequência daquilo que vinha falando. Da interação com a turma brotou um lindo encerramento da aula que nasceu com o tema da Longevidade e terminou como exercício de memória (M).

O fundamental é não deixar que o pânico tome conta antes de se prospectar outras possibilidades. Para tanto é necessária a devida tranquilidade a fim de que a memória não fique prejudicada pelo estresse das falhas.

Votos de uma terça-feira sem a necessidade de Plano M.
DESTAQUE DO DIA

Nascimento de Pascal (389 anos)

Blaise Pascal nasceu em Clermont-Ferrand a 19 de Junho de 1623 e morreu em Paris a 19 de Agosto de 1662. Foi um físico, matemático, filósofo moralista e teólogo francês. A grande contribuição de Pascal para a filosofia da matemática veio com o seu De l'Esprit géométrique ("Do Espírito Geométrico"), originalmente escrito como um prefácio para um livro de geometria para um dos famosos "Petites-Ecoles de Port-Royal" ("Escolinhas de Port-Royal"). O trabalho ficou inédito até mais de um século após sua morte. Aqui, Pascal estudou a questão da descoberta de verdades, argumentando que o ideal de tal método seria encontrar todas as proposições sobre as verdades já estabelecidas. Ao mesmo tempo, no entanto, ele alegou que isso era impossível porque tais verdades estabelecidas exigiriam outras verdades para apoiá-las — os primeiros princípios, portanto, não podiam ser alcançadas. Com base nisso, Pascal argumentou que o procedimento utilizado em geometria era tão perfeito quanto possível, com alguns princípios assumidos e outras proposições desenvolvidas a partir deles. No entanto, não havia nenhuma maneira de saber se os princípios assumidos eram, de fato, verdade.[1]


[1] BLAISE PASCAL. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Blaise_Pascal. Acesso em 19 jun 2012.

3 comentários:

  1. Meu caro Garin,
    hoje cada vez mais necessitamos de 'energia' e como consequência de planos Alfa/ômega;
    Obrigado por reavivar-me Pascal. Quem me introduziu neste Filósofo, foi o professor Fassina, nas aulas de francês, no Julinho em 1958.
    Não sabia que ele nascera em Clermont-Ferrand, aonde mais de uma vez fiz baldeação de trem.
    Uma boa chuviscosa terça-feira,
    attico chassot

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    1. Amigo Chassot,
      é muito interessante quando fazemos uma regressão em nossa vida escolar e encontramos uma plêiade de mestres que marcaram nossa trajetória.
      Um abraço,

      Garin

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    2. Chassot, então o meu Querido Mestre João Fassina (no IPA na década de 1960) também foi seu professor!... Não me lembro que ele tivesse mencionado ter lecionado Francês no Julinho, mas me recordo como se fosse hoje ele discorrer sobre sua vida em Paris, na Sorbonne, e como teria sido lembrado para representar o Brasil como Embaixador mas recusou. Ele foi meu professor de Português (Literatura, Gramática Histórica etc), com fortes "pinceladas" de Latim e Grego, que dominava tão sobejamente... Que saudades de um tempo que não volta mais, e que poderia ter se aproveitado melhor. Há tempos que procuro por algo a ele ligado no Google, finalmente encontrei aqui. Um grande abraço, Osvaldo

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