As questões - ano 02 - nº 416

AS QUESTÕES

ANO 02 – Nº 416

Com muita facilidade nos preocupamos com as afirmações. Tomamos todo o cuidado para que as justificativas sejam lógicas e façam sentido para as outras pessoas. Aqui mesmo nesse blog me preocupo em postar algo que desperte um raciocínio compreensível.

Entretanto, nem sempre focamos nas questões. Até mesmo a mídia de massa tem falado sobre a importância dos questionamentos. Quando focamos nas afirmações focamos nos resultados, frutos de dúvidas que já foram formuladas. Nem sempre nos damos conta de que as afirmações constituem a parte final do processo de pensamento. Quando queremos caminhar em direção ao conhecimento e buscar verdades é prioritário ter nossa atenção voltada para as questões.

Desenvolver a melhor técnica de questionar pode resultar no melhor processo de conhecimento. Não há como encontrá-lo sem partir da curiosidade e é essa mesma que irá conduzir em direção às afirmações lógicas. Antes mesmo de se dizer algo é fundamental perguntar sobre.

Quando questionamos, mesmo que seja no contexto de um diálogo, conseguimos descobrir por onde o outro está encaminhando a sua forma de pensar. Além disso, é somente através do questionamento que podemos descobrir as angústias e aspirações que movimentam a vida dos outros.

Certa vez, Jesus foi interpelado por uma pessoa cega no caminho da cidade de Jericó. Antes de afirmar qualquer coisa ele perguntou sobre as aspirações dele, naquela hora. Da dúvida nasceu a possibilidade de intervenção.

Não podemos esquecer que a dúvida é a metodologia dos humildes. As afirmações fazem parte das mentes autoritárias. Possuidoras da verdade espalham-na para que os outros sejam iluminados pela sua sabedoria. Os humildes, aqueles que partem em busca do conhecimento, primeiro questionam e depois constroem os segmentos de seu raciocínio.

Iniciar o dia com uma dúvida pode ser um bom começo, capaz de conduzir a descobertas significativas.

Que queres que eu te faça? Respondeu-lhe ele:

 Senhor, que eu torne a ver. (Lc 18.41)

DESTAQUE DO DIA

Morte de Da Vinci (493 anos)

Leonardo di Ser Piero da Vinci, ou simplesmente Leonardo da Vinci, nasceu em Anchiano a 15 de abril de 1452 e morreu em Amboise a 2 de maio de 1519. Foi um polímata italiano, uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento, que se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. É ainda conhecido como o precursor da aviação e da balística. Leonardo frequentemente foi descrito como o arquétipo do homem do Renascimento, alguém cuja curiosidade insaciável era igualada apenas pela sua capacidade de invenção. É considerado um dos maiores pintores de todos os tempos e como possivelmente a pessoa dotada de talentos mais diversos a ter vivido. Segundo a historiadora de arte Helen Gardner, a profundidade e o alcance de seus interesses não tiveram precedentes e sua mente e personalidade parecem sobre-humanos para nós, e o homem em si nos parece misterioso e distante.[1]

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[1] LEONARDO DA VINCI. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Leonardo_da_Vinci. Acesso em 2 maio 2012.