quinta-feira, 3 de maio de 2012

Visão diferente - ano 02 - nº 417


VISÃO DIFERENTE
ANO 02 – Nº 417

Uma das dificuldades que o ser humano tem é a de entender como acontece a identificação entre Jesus e Deus na concepção cristã. A noção anterior de divindade estava bastante atrelada à questão de poder transcendental, a uma força sobre-humana que atuava externamente capaz de realizar ações milagrosas extraordinárias.

As narrativas evangélicas a respeito disso esclarecem como a noção muda e se realiza na experiência humana. Os relatos sobre a presença divina no humano não deixam dúvidas sobre a nova visão que a Teologia Cristã manifesta a partir do evento Cristo. Homem e divindade se fundem numa mesma natureza e como consequência, o ser humano não ultrapassa suas potencialidades.

No reconhecimento de que é humano é que se faz divino. Não há um humano e um divino em uma só natureza: o humano reflete a face divina. O ser humano torna-se divino na proporção em que se torna humano de fato. As tentativas de localizar uma e outra dimensão não vão além de um esforço pedagógico.

A esse respeito, destacaria uma narrativa do evangelista João na qual Jesus dialoga com seus discípulos a respeito dessa identificação plena entre divino e humano:

Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo
estou convosco, e não me tens
conhecido? Quem me vê a mim
vê o Pai; como dizes tu:
mostra-nos o Pai? (Jo 14.9)

Votos de uma quinta-feira repleta de vida humana!
DESTAQUE DO DIA

Nascimento de Maquiavel (543 anos)

Nicolau Maquiavel nasceu em Florença a 3 de maio de 1469 e morreu na mesma cidade a 21 de junho de 1527. Foi um historiador, poeta, diplomata e músico italiano do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pelo fato de haver escrito sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser. Os recentes estudos do autor e da sua obra admitem que seu pensamento foi mal interpretado historicamente. Desde as primeiras críticas, feitas postumamente por um cardeal inglês, as opiniões, muitas vezes contraditórias, acumularam-se, de forma que o adjetivo maquiavélico, criado a partir do seu nome, significa esperteza, astúcia.

Maquiavel viveu a juventude sob o esplendor político da República Florentina durante o governo de Lourenço de Médici e entrou para a política aos 29 anos de idade no cargo de Secretário da Segunda Chancelaria. Nesse cargo, Maquiavel observou o comportamento de grandes nomes da época e a partir dessa experiência retirou alguns postulados para sua obra. Depois de servir em Florença durante catorze anos foi afastado e escreveu suas principais obras. Conseguiu também algumas missões de pequena importância, mas jamais voltou ao seu antigo posto como desejava.[1]


[1] NICOLAU MAQUIAVEL. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Nicolau_Maquiavel. Acesso em 3 maio 2012.

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